E foram todos os pequenos pedaços, que pareciam colados, que pareciam firmes na fita que passei uns dias antes. Quebraram. Mil pedacinhos de um pequeno quebra-cabeça que se espatifaram pelo chão vazio e fizeram um eco seco. Eco oco.
Fazia de conta que tudo estava bem, e parecia bem. Escrevia e sorria. Mas por dentro, no lugar daquele negocio de bombear o sangue, tinha um vazio que dava pra competir com o polo norte e seu frio. Mas tudo bem.
Viria outro dia. Doeria mais uns dias. Faria tudo como sempre. Sorriria. Tudo sairia bem. E no final acreditaria que estava bem, porque é assim que as coisas são. Porque quando aquela página, daquele livro, tivesse um fim, começaria um novo. Novas historias, novos capítulos, novas dores, e um novo sorriso.
Mesmo que a sua falta me faça querer correr até o outro lado do mundo, pra ver se consigo respirar por lá, porque o ar daqui meus pulmões não aceitam: tem o seu cheiro, e ele me dói. Mesmo que eu queira abrir um buraco na minha pele e sair correndo de dentro de mim, não é um lugar muito aconchegante hoje, agora.
Mesmo assim...
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