" Só se vê com o coração. O essencial é invisível aos olhos. " (O Pequeno Príncipe)

Não pense que escrevo aqui o meu mais íntimo segredo, pois há segredos que eu não conto nem a mim!

" o maior favor que se pode fazer a semente é enterrá-la."

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ela estava a um passo de entender o amor de Romeu por Rosalinda que rapidamente se transformou em juras e promessas em versos imortais à Julieta. Ah pequena, a paixão dos jovens não está no coração e sim nos olhos. Sendo assim, ela se apaixonou por um menino muito encantador. Ela realmente amava aquilo que conseguia ver. E se importava bastante com o que ele falava e mais ainda com o que ele não falava. E foi dessa forma que da paixão nasceu a desilusão. Ela foi percebendo que ele era tão perfeito nos planos que ela construía e tão imperfeito nas pequenas atitudes, ele era péssimo naquilo que chamamos de vida. Brilhante em sonhos e fantasias. É que ele tinha um medo terrível de crescer e mantinha nele todas as coisas de menino. Ela só não queria continuar pequena. Ela pedia todos os dias antes de dormir " Deus me ajuda a ser grande, me ajuda a ser grande"... Mas Deus nunca deu um sinal, nenhuma revelação acontecia diante do pedido. Aborrecida, prisioneira entre sapatos perdidos e tranças lançadas, todos ao seu redor cresciam e cresciam, menos ela.
Eles evoluem no amor juvenil. Ele atraído pela coragem dela de querer crescer, ela enfeitiçada pela coragem dele em orgulhosamente se exibir pequeno. Mas ela continua pedindo bem baixinho todos os dias pra abandonar os cds e os adesivos, as inseguranças e os medos, as fantasias e as ilusões. Encontrando os sapatos deixados pelo caminho, desfazendo as tranças que foram lançadas inúmeras vezes por ventos errados. Quem sabe um encontro consigo mesma ou uma pausa nas buscas. Isso é ser grande? Me diz!

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