Queria tanto contar uma história diferente. Pelo menos uma vez queria escrever palavras de um começo sem fim. Mas venho sempre aqui com a mesma história de sempre. A garota que ama o garoto errado. A garota que se dá mal no final. Porque nessa história não tem felizes para sempre. E hoje eu não tenho texto bonito. Hoje só tenho conversa velha, papo antigo. Amores perdidos. Desencontros. Ilusões... Me desculpa se isso te deixa pra baixo. Mas eu tô aqui embaixo já faz alguns anos. Eu só queria fazer parte da turma de mãos dadas, de sorrisos largos de olhos nos olhos. Aquela galera é bonita de se ver. Como já diz o ditado, do inferno é que se vê o paraíso. E eu tô aqui só de cara com a vitrine. Só olhando sem levar nada pra casa. E eu tô de saco cheio disso.
Depois de olhar nos olhos dele. Ouvir a voz. Sentir o cheiro. Eu estava tão perto dele. E ele me abraçava tanto. Abraços longos, fortes, demorados. E eu na condição de presa naquele espaço que tanto quis e tudo que eu desejava é que ele me soltasse. Eu só queria ir embora. Porque eu olhava e olhava e não conseguia mais ver. Não tinha emoção. Não tinha mais nada. E eu soube lidar com os sentimentos perdidos, com os desencontros. Com a paixão não correspondida. Mas não tenho jeito com o nada. O que se faz com o nada? Não sentir nada de tudo nessa vida é o que eu tenho mais medo.
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